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Apresentação do ator

 

Na página dos Black Bloc no Facebook, que abre com uma citação de Emiliano Zapatta (“É melhor morrer de pé do que viver de joelhos”), há um aviso em maiúsuculo: “Os Black Bloc NÃO SÃO MANIFESTANTES!!! Eles não estão lá para PROTESTAR!!! Eles estão lá para tomar uma ação direta contra as máquinas de opressão!” A rigor, Black Block é o nome dado a uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de negro se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas. Suas roupas pretas e máscaras dificultam qualquer tipo de identificação por parte das autoridades. Como os BB costumam dizer em seus vídeos e manifestos, também são usadas “com a finalidade de parecer uma única massa imensa, promovendo solidariedade entre seus participantes e criando uma clara presença revolucionária”. Por ocupar a linha de frente das manifestações, como durante o ato na ALERJ, dia 17, são considerados pela polícia e pela grande imprensa os “legítimos” vândalos.

 

Testemunhos

 

 

Não há violência no Black Bloc, há performance” (Manifestante em entrevista à Carta Capital de 2 de agosto.  A revista usou um nome fictício para identificá-lo)

 

 

São acadêmicos-ativistas engajados na reativação de um projeto político que arruinou as vidas de uma geração de jovens na Alemanha e na Itália(…) Idiotas vestidos de preto que rebobinam um desastroso filme antigo” (Demétrio Magnoli, na revista Veja de 15 de agosto)

 

 

Os blocs não são criminosos. Nem baderneiros, como a grande mídia adora nos chamar. Não somos a favor do vandalismo deliberado principalmente quando se trata de um pequeno estabelecimento pois estes trabalhadores estão na luta pelo pão de cada dia como cada um que se faz presente nas manifestações. E sim pelo contrário somos a favor de conter esse tipo de atitude. Estamos nas ruas apenas para a defesa e contra-atacar somente em último caso. É válido lembrar a existência de um lema interno que diz: “Jamais atacar e sim defender”. (depoimento de um membro black bloc em vídeo na página do black bloc RJ, no Facebook)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Eu fui educada pra ser uma burguesinha otária. Quando completei 16 anos saí de casa e fui morar sozinha na favela - Rocinha, Vidigal e Cidade de Deus - ao mesmo tempo comecei a trabalhar com vendas em um banco. Via aquela gente soberba, milionaria, ja vi muita coisa bizarra. Quando chegava em casa via a polícia agir de maneira fascista com a população pobre. Chegar até aqui foi um processo. Ja tive ideia socialista, ja tive ideia anarquista, tudo estudado pela internet. A decisão de parar de trabalhar faz parte da desobediencia civil. Tenho procurado formas alternativas de trabalho, minha intenção é participar da construção de uma ecovila. As celulas do black bloc não se encontram pra aprender a fazer coquetel molotov, mas pra debater, tem muita gente assumindo uma postura tática de BB sem conhecer as ideias anarquistas. O movimento tem origem e intenção contra o capitalismo, não quer ser herói de ninguém. Defendemos a ação direta, o inicio das agressões da polícia que fez o BB também defendesse os cidadãos comuns." - Emma, 25 anos, Black Bloc e ocupante da rua do governador Sérgio Cabral no Leblon.

(Da página Black Block Brasil no facebook).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem retirada da página do Black Bloc RJ no Facebook.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vídeo de introdução veiculado na página Black Bloc Brasil no Facebook

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Textos e Manifesto Black Bloc publicados na página Black Bloc Brasil no Facebook

 

 

 

Os BLACK BLOCS acionam todos os atores, tal qual os manifestantes.

 

 

ATORES QUE FAZ AGIR

 

Polícia: ataca os Black Blocs e/ou defende-se da ação dos Black Blocs..

 

Manifestantes: Ainda que os BB digam que não são manifestantes, eles fazem parte desse grupo maior de atores da rede. Sendo assim, os manifestantes de um modo geral interagem com os Black Blocs na estratégia de enfrentamento à Polícia e ao Estado. Durante o confronto na ALERJ, alguns manifestantes juntaram-se aos BB na tomada do prédio, enquanto outros se colocavam contra às atitudes violentas de enfrentamento mais radical..

 

Grande imprensa: Cobre as manifestações construindo narrativas que colocam os Blacks Blocs no lugar da “pequena minoria de manifestantes” ou “vândalos”.

 

Mídia ativista: Cobre as manifestações construindo narrativas que colocam os Black Blocs no lugar de um movimento de protesto mais amplo.

 

Redes sociais: Ferramentas de disseminação das ideias dos Black Blocs. Nas páginas do Black Block Brasil e Black Block RJ no Facebook, é possível encontrar vídeos de introdução, manifesto e inúmeros textos explicativos sobre o grupo.

 

Aparelhos de registro de imagem: capturam gestos que se transformam em emblemáticos para o movimento como o gesto de atirar um coquetel molotov, usar uma máscara, quebrar uma vidraça.

 

ALERJ: o prédio teve suas paredes pixadas, janelas quebradas e móveis destruídos em parte pela ação dos BB, como parte de sua estratégia de “ação simbólica”.

 

Bomba de gás lacrimogêneo: são lançadas em direção aos Black Blocs.

 

Coquetel molotov: estão entre os artefados construídos e lançados pelos Black Blocs contra a PM.

 

Cartazes: lançam mão das ações do grupo como isnpiração para frases de efeito.

 

Máscaras: fazem parte da indumentária dos Black Blocs. Impedem a identificação do grupo por parte das autoridades e conferem uma estética comum aos integrantes.

 

Sérgio Cabral: Defende ação enérgica contra os Black Blocs sob o argumento de que somente a manifestação pacífica faz parte do processo democrático e é a única forma legítima de protesto.

BLACK BLOCS

Diagrama

BLACK BLOCS

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