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Apresentação do ator

 

Uma camisa sobre a cabeça, uma máscara do anonymous, a máscara de gás dos policiais, touca ninja, máscaras cirúrgicas, são diversas as formas de cobrir os rostos nas ruas durante as manifestações. A máscara se tornou rapidamente um elemento de construção narrativa e também de subjetividade – com o rosto coberto sou qualquer um, sou a multidão. Ela também tem um sentido prático, tanto para manifestantes como para a polícia, impede o reconhecimento do rosto e protege dos efeitos do gás lacrimogêneo. Os jovens mascarados foram escolhidos como a imagem icônica dos vândalos. No dia 17 de junho, a uma foto chama a atenção dessa relação jovem + protesto + máscara: um jovem usa a camisa para cobrir o rosto e segura na mão a placa da rua da Assembléia, ao fundo a rua está em chamas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A MÁSCARA faz agir polícia, grande imprensa, mídia ativista, redes sociais, aparelhos de registro de imagem, Sérgio Cabral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ATORES QUE FAZ AGIR

 

Polícia: Uma frase recorrente na assessoria de imprensa da polícia é que o cidadão de bem não precisa se esconder atrás de uma máscara. Os mascarados portanto se tornam antagonistas das forças policiais. Por sua vez, os policiais também fazem uso de máscaras de gás que impedem a identificação dos mesmos.

 

Grande imprensa: Um texto quase oficial da grande imprensa sobre qualquer umas das manifestações é: “em determinado momento, um grupo de mascarados começa o quebra-quebra”. A máscara é a imagem que a grande imprensa usa para construir a materialidade do vândalo.

 

Mídia ativista: Se por um lado os mascarados são os vândalos na grande imprensa, por outro se tornam heróis na imprensa alternativa, e a mesma máscara é utilizada como ícone do heroísmo, mesmo que algumas vezes o “vandalismo” seja problematizado.

 

Redes sociais: Um dos maiores atores na rede é o grupo anonymous cujo símbolo é a máscara de um personagem de quadrinhos. As redes também inventam um outro lugar para as máscaras, complexo, e também como um processo de construção de subjetividade dentro da multidão.

 

Aparelhos de registro de imagem: Se a máscara se torna um ícone das manifestações, um elemento de construção estética, política e de subjetividade das ruas, isso se dá através da mediação e modulação dos aparelhos de registro.

 

Sérgio Cabral: Tal qual a polícia, defende ação enérgica contra os grupos de mascarados, e aponta a ideia que o cidadão bem intencionado não faz uso de máscaras.

MÁSCARAS

Diagrama

MÁSCARAS

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