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Apresentação do ator

 

A mídia ativista entra em cena nos conflitos de junho para fazer frente a uma mídia tradicional apresentando outros modos de narrar que não enquadram a cidade na moldura de uma imprensa que se pretende neutra, objetiva, imparcial. Ao contrário, rompe com as bordas do discurso rígido e dá a ver as muitas cidades que existem para além da cidade visível e do lugar comum. Nesse outro modelo narrativo, durante as manifestações, destaca-se a Mídia NINJA (Narrativas, Independente, Jornalismo e Ação), cuja existência é anterior aos confrontos mas ganha uma proporção gigantesca com as manifestações. É quase como o hegemônico no contra-hegemônico. Mas, sob o guarda-chuva da Mídia NINJA, existem inúmeros outros suportes que abrigam uma maneira alternativa de comunicar, um modo que assume posições e subverte o espaço organizado do jornalismo em direção aquilo que é desvio. Os acontecimentos do dia 17, de ocupação da ALERJ, foram narrados em imagens e testemunhos que, se não se mostravam totalmente favoráveis aos vândalos, pelo menos problematizavam o conceito. A partir dessas narrativas, é possível indagar: Quem vandaliza quem?

 

Testemunho

 

Isso é vândalo? Não. Isso é raiva. Mais de 500 anos. Vocês não fazem porra nenhuma” (Depoimento de jovem no vídeo 100 mil).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Realização: Três Filmes - Faz Diferente

 

 

Eu estava vendo os protestos na TV ontem (terça-feira) e pensando: o que é isso? Essa manifestação junta a rave com o arrastão. São as duas coisas ao mesmo tempo. É a rave-arrastão. Pronto, é um verso, um condensado poético. As novas palavras de ordem juntam ao mesmo tempo a oração e a praga” (Gilberto Gil) Em Correio Nagô – Instituto Mídia Étnica com informações de O Globo.

 

 

"Vandalismo, vandalismo, vandalismo.  As palavras mais reproduzidas pelos meios de comunicação de massa nesses tempos de manifestações pelo Brasil." (material remixado)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com Vandalismo – Coletivo Nigéria

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vândalos e Baderneiros (documentário "que reflete sobre os conceitos de vandalismo e baderna. Tentando desconstruir o discurso midiático e do senso comum associado a uma campanha de criminalização de manifestações e protestos. Para alcançar um entendimento mais complexo e crítico sobre os termos").

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A MÍDIA ATIVISTA aciona polícia, manifestantes, grande imprensa, redes sociais, black blocs, aparelhos de registro de imagem, cartazes, Sérgio Cabral.

 

 

ATORES QUE FAZ AGIR

 

Polícia: Atua na produção de discursos para culpabilizar os vândalos e justificar um determinado grau de violência de suas ações.

 

Manifestantes: Procuram os veículos alternativos como fonte e canal de informação durante os protestos. No dia 17, são os principais personagens tanto da cobertura da grande imprensa quanto da mídia alternativa, ora em defesa da ordem e crítica aos vândalos; ora em defesa dos vândalos e crítica ao estabelecido.

 

Grande imprensa: Em sua busca pela ‘verdade’ dos fatos, trava uma disputa particular contra o modo de narrar da imprensa alternativa. Tenta desqualificar o trabalho das mídias alternativas colocando-as sob o senão da parcialidade. Na cobertura da tomada da ALERJ, constrói toda a sua narrativa em favor dos “manifestantes pacíficos” versus “o pequeno grupo de vândalos”. Paradoxalmente, também se alimenta de narrativas da mídia ativista.

 

Redes sociais: Reproduzem as narrativas e testemunhos veiculados pelas mídias alternativas. Dialogam com esses, potencializando as informações divulgadas em blogs e sites de notícias.

 

Black blocs: Tornam-se personagens de narrativas da mídia alternativa, fazendo-se lembrar pela violência ou pela atitude, indumentária, performances. Mas também produzem seus próprios conteúdos alternativos de comunicação.

 

Aparelhos de registro de imagem: alimentam a mídia alternativa.

 

 

Cartazes: São, eles próprios, uma mídia alternativa.

Sérgio Cabral: Relaciona-se com a mídia alternativa , mesmo quando parece não fazê-lo. Foi o caso da coletiva de imprensa no dia 18 de julho, quando o Governador do Estado impediu à entrada da Mídia NINJA no Palácio Guanabara.

MÍDIA ATIVISTA

Diagrama

MÍDIA ATIVISTA

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